.:| Neguinha Suburbana |:.
Coisas da vida, artesanato, fotografia e meio ambiente

Versão 3.2/2008: Tudo na vida é uma questão de prioridade, comedimento e tolerância.
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
CLASSIFICADOS!

Vendo Multifuncional Epson CX3500, com menos de 9 meses de uso, ótima e em perfeitíssimo estado.
Preço: R$ 380,00 (forma de pagamento levemente negociável)
Motivo: casamento

Especificações:
IMPRESSORA
- usa cartuchos individuais (preto, cyan, magenta e amarelo)
- até 5760 x 1440 dpi de resolucão otimizada usando RPM ™ - Resolution Performance Management™ em vários tipos de papel
- interface USB

SCANNER
- scanner a cores de mesa plana A4
- método de escaneamento: uma só leitura
- resolução: Óptica: 600 dpi; Hardware: 600 x 1200 dpi; Interpolada: 9600 x 9600 dpi

COPIADORA COLORIDA
- 1 a 9 cópias
- a cores, branco e preto rascinho, texto

Para mais informações é só clicar no nome da impressora ali em cima.

Interessados, mandem um email pra mim.
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
~ EU JÁ LI!!! ~














Flávio Carneiro lança hoje, quarta-feira, na Livraria Prefácio, seu novo romance, A Confissão.

A Prefácio fica na Voluntários, bem pertinho do Espaço Unibanco, ali em Botafogo. O babado começa às 19h. Levarei meu exemplar para ser devidamente autografado, claaaaro.
terça-feira, 29 de agosto de 2006
16 meses: "Ela é viciada em você!"





















"Seu" Délcio disse, eu assino embaixo! ;-)
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Meu cigarro
É o perfume do mato
A bebida
É a água da fonte
Meu perfume
É a flor de laranja
Jogo apenas o jogo do amor
Eu não vou lhe dizer
Que não tenho defeitos
Mas com eles me arrumo
Me acerto, me ajeito
Meu problema é o segredo
Guardado no peito
Que se chama paixão

Meu vício é você
Meu cigarro é você
Eu te bebo, eu te fumo
Meu erro maior
Eu aceito, eu assumo
Por mais que eu não queira
Eu só quero você
Meu vício é você
Meu dadinho, meu jogo de cartas marcadas
Essa droga de sonho não vai dar em nada
Fui rolando na vida
E parei em você

(Meu vício é você - Chico Roque e Carlos Colla)

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Dezesseis meses com um gostinho especial de
pra sempre.
domingo, 27 de agosto de 2006
O aniversário da *Gatinha* foi só alegria!
















A Gatinha (num momento coca-cola) ainda fora da casinha desde a véspera.


















Teve por-do-sol bonito pacas em homenagem a ela.


Teve chapéuzinho e bolinha de sabão.

E teve um monte de gente querida, daqueles que a gente vê sempre e daqueles que a gente não vê nunca!

sexta-feira, 25 de agosto de 2006
Relato em imagens
Já se passaram três dias e eu não escrevi nada. É um sinal de que eu não vou escrever mesmo. Mas como não pode passar em branco, deixo aqui algumas imagens da comemoração dos 60 anos do Aldir Blanc no CCC, nesta última terça-feira.
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Vera Melo em sua teatral - e excelente - interpretação das músicas do Aldir

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Participação do amigo Rodrigo Zaidan, responsável pelos arranjos mais lindos da noite.

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Vera e Aldir

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Aldir e João (Bosco), numa canja especialíssima!

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Parabéns pra vocês (João também fez 60 anos).

quarta-feira, 23 de agosto de 2006
Edu G., o (mais) injustiçado (?)
Preciso escrever sobre o ótimo show em homenagem aos 60 anos de Aldir Blanc (ontem, terça, no CCC), eu sei. Mas está tarde pacas e eu ainda tenho que ir a Paracambolinha amanhã para um chatíssima reunião (mais uma das minhas 545.636.573.465 atribuições como coordenadora - pelo mesmo preço, claro). Assim sendo, em algum momento preciso dormir.

Mas não poderia deixar de registrar aqui as injustiças gastronômicas e etílicas cometidas ontem, no CCC. Primeiro, ser atendido já foi uma dificuldade imeeeensa. Depois, acertar os pedidos. E depois, ser servido. Primeiro, fui enganada com uma porção de pastéis: deveriam ser 4 de cada sabor, e vieram 8 de um único sabor - aquele que eu não como, obviamente.

Depois nosso amigo Edu G., ávido por uma caipirinha diferente, recebeu a seguinte informação da atrapalhada garçonete: "De fruta tem de limão e abacaxi. Mas a gente tem também de caju e maracujá, mas aí é suco maguary." Edu, inconformado: "Suco Maguary???". Mas a moça explica: "Mas a gente faz bem concentrado!". Dito isso, Edu resolveu pedir "uma igual a dele (Hugo)".
Algumas horas e muitas reclamações depois, a caipirinha - completamente sem açúcar, como a do Hugo - chegou. , mas com uma ligeira diferença de tamanho...

Edu reclama, a garçonete argumenta que a quantidade é a mesma. Edu bebe quase que contrariado sua caipirinha e, claro, pede outra. Pedir caipirinha no CCC até que é fácil, o difícil é a bebida chegar à mesa. Foi preciso pedir três vezes, ir até o bar, tomar uma cerveja pra passar o tempo, até conseguir que o copo fosse servido. Mas vejam bem se não valeu a pena a espera...
Merecido reconhecimento
Da Agência FAPESP:

O físico Stephen Hawking receberá a medalha Copley, um dos mais tradicionais prêmios científicos do mundo, concedida desde 1731 pela Royal Society, a academia britânica de ciências.

(...)

A medalha Copley é 170 anos mais antiga que o Prêmio Nobel e foi concedida a alguns dos maiores nomes da história da ciência, como Charles Darwin, Michael Faraday, Albert Einstein, Louis Pasteur, Ernest Rutherford, James Watson e Francis Crick. “Sinto-me honrado em estar em tal companhia”, disse Hawking.

A matéria na íntegra pode ser lida AQUI.

Para mais informações sobre Hawking, clique AQUI.

segunda-feira, 21 de agosto de 2006
Instituto Memória Musical Brasileira - site
Hoje, às 19h30, entra no ar o site do Jornal Musical, cheio de textos da querida Mônica Ramalho.

O endereço para conferir é http://www.jornalmusical.com.br/.
É uma ótima história, mas...
Pra resumir: Se o Mário de Carvalho tivesse escrito a idéia do Toscana, o livro seria fabuloso!

(ainda assim, vale a pena ler, tá?)

Blogue coletivo das mocinhas
O Dedos das Moças volta hoje. Já foi ali pra lista! :-)
domingo, 20 de agosto de 2006
Adélia Prado: a Bridget Jones das "lobas"
Abro a Ilustrada (Folha de São Paulo) de sábado e tomo um choque. Logo pela amanhã. Nada contra, mas comparar Adélia Prado com Lya Luft e Martha Medeiros realmente me deixou em estado de choque. Deu até indigestão, o café ficou entalado na garganta (para não falar de efeitos colaterais mais graves).
Primeiro de tudo, vamos parar com essa história de "literatura feminina", óquei? Isso reduz todas as mulheres a um bando de desesperadas em procura de um homem ideal e aficcionadas por um "sentimentalismo exacerbado", este último, segundo a matéria da Folha, característica das três escritoras. Mais uma vez, nada contra esse tipo de livros, eu mesma li todos os Bridget Jones e afins, e adoro. Mas não é só disso que eu gosto, e nem as mulheres que eu conheço. Eu, particularmente, adoro uma boa história policial, com direito a porrada, sangue, morte, autópsia, sexo e palavras de baixo calão. Então, sem estereótipos e rótulos, por favor, que eu não tenho mais paciência pra isso.
Em segundo lugar, ler esta matéria me deu a nítida sensação que eu e os repórteres deste jornal vimos palestras completamente diferentes. O que eles fazem parecer é que Adélia ficou lá naquele palco, fazendo discurso sentimentalista apelativo para as mulheres de 40, e somente para elas. O que eu vi foi uma mulher extremamente talentosa e muito bem vivida dividindo experiências e pensamentos que tocaram homens e mulheres, velhos e jovens. Vi estudantes que certamente não passavam dos seus 22 anos, de ambos os sexos, se emocionarem. Vi homens da idade de meu pai e meu avô terem a mesma reação.

Adélia Prado estava falando de arte, de beleza, de transcendência, do mistério da vida, não é? Foi o que eu achei.

Eu não mereço isso num sábado de manhã. Pior, Adélia não merece.
Adélia Prado: a Bridget Jones das "lobas" - II
Como nem todo mundo tem acesso ao conteúdo restrito do UOL, aí vai a matéria na íntegra (com grifos meus).

Público pede mulheres "maduras"
Sucesso da poeta mineira Adélia Prado na Flip aponta para a explosão de novo filão de literatura feminina no mercado

EDUARDO SIMÕES
MARCOS STRECKER
SYLVIA COLOMBO

Nem Prêmio Nobel norte-americana, nem polemista inglês, menos ainda marxista paquistanês.
Quem roubou a cena na 4ª Flip (Festa Literária Internacional de Parati), encerrada no último domingo, foi a poeta mineira Adélia Prado, 71.
Em um auditório abarrotado e maravilhado pela sua pregação do afeto, Prado gerou uma experiência quase mística. Foi de chorar. O que ela fez, aliás, enquanto lia poemas.
O espetáculo catártico de Parati é apenas mais um sinal do aumento do interesse do mercado por um filão da literatura feminina que também abarca outras autoras, como as gaúchas Lya Luft, 67, e Martha Medeiros, 44, e a norte-americana Joan Didion, 71 (que já vendeu 32 mil cópias de "O Ano do Pensamento Mágico" aqui).
Essa vertente de-e-para mulheres "maduras" caracteriza-se por fisgar principalmente as leitoras de 40 anos ou mais, pelo sentimentalismo exacerbado e por tratar de temas como a família, a perda e a religião.
Faz contraponto à linha "Bridget Jones", na qual escritoras, geralmente mais jovens, falam de relacionamentos e de sexo (a turma do discurso "ele não liga no dia seguinte").
O colunista da Folha Manuel da Costa Pinto diz, ainda, que esse filão tem um quê de auto-ajuda, pois exalta o "estado de espírito sereno e a conciliação com a vida".
Adélia Prado, cuja obra é relançada agora pela Record, tem um público que ultrapassa esse nicho, além de ser mais sólida do ponto de vista literário. Porém, o "revival" de sua obra hoje tem muito a ver com essa nova demanda das leitoras contemporâneas.
Ela explica a explosão emotiva de seu público na Flip: "Eu falei de valores, e valores afetam. Acho muito difícil discutir essas coisas sem que a emoção nos espreite." Segundo ela, seu público é variado, mas a busca é comum. "Tenho certeza de que procura o mesmo que eu: achar num texto alguma coisa que ofereça, independentemente da vida e da pobreza do autor, um sinal de algo belo e maior que nos sustente e nos aguarde para um face a face."
A editora Isa Pessoa, da Objetiva, identifica Martha Medeiros ("Divã") como uma escritora que alcança o mesmo "perímetro da sensibilidade feminina" que Adélia. Medeiros, 44, admite o forte apelo do livro entre as mulheres e avalia que existe um espaço cada vez maior para o tipo de literatura da poeta. "Há um culto à solidão, as pessoas estão muito solitárias e desconfiadas. Surge uma brecha para alguém como a Adélia traduzir esses sentimentos. Ela, com sua sensibilidade, faz isso muito bem."
Lya Luft talvez seja o maior expoente desse "gênero" - já vendeu 550 mil cópias de "Perdas e Ganhos", mistura de ensaio e memória cujo tema é o amadurecimento, de modo bastante pessoal. Em outubro, chega às livrarias seu novo livro, "Em Outras Palavras", também pela Record.

Clube das mulheres
A designer carioca Patrícia Costa, 42, foi uma das muitas mulheres que se emocionaram com a apresentação de Adélia. "Sócia" de um clube de mulheres que não perde nenhuma Flip, ela levou para casa quatro títulos da autora e considera que o sucesso de Adélia se deveu ao fato de ela se afastar de temas políticos e saber tocar as pessoas "em seu íntimo".
"A política é mais racional, fala à nossa indignação. Adélia falou das grandes questões da vida, da sensação de esvaziamento, da falta de contato humano e de afeto que é muito presente hoje. A gente carece de falar sobre sentimentos e ela não teve vergonha de se expor quando falou de suas perdas. Ela chorou, nós choramos. Estávamos todas no mesmo barco", diz Costa.
sexta-feira, 18 de agosto de 2006
Tia babona SIM!
A Clarinha tá a coisa mais fofa do mundo, com um mês e vestidinho laranja!!! Olha AQUI, ó!
FLIP Clicks - ERRATA

Um dos links não estava funcionando, mas agora tá tudo certinho!

Fotos AQUI e AQUI.
...














COM LICENÇA POÉTICA
Adélia Prado

Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável.
Eu sou.
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
Efeito CSI
















Na Scientific American Brasil de agosto tem matéria sobre o impacto que as séries no estilo CSI estão tendo sobre a ciência forense no Brasil. Dentre outras coisas, o texto fala do aumento da procura pelos cursos de perícia nas universidades e explica o status da ciência no nosso país.

Promotores, juízes e policiais reclamam do que acreditam ser o efeito CSI, segundo o qual os jurados estariam com expectativas irrealistas por provas físicas em quantidade e qualidade por conta de sua exposição a séries televisivas populares sobre investigação criminal.Ainda não foi provada a existência de tal efeito nos tribunais. Mas os seriados da TV desencadearam aumento na coleta de provas físicas, o que acarretou problemas de armazenamento e de falta de funcionários.

Bom saber que eu não sou a única louca!

Você pode ler a matéria na íntegra AQUI.

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Poucas páginas após a reportagem havia a propaganda de uma nova revista, lançada pela mesma editora, com o título mais "chama-F." do mundo: Ciência Criminal. Pois ontem eu comprei a danada da revista, e não é que ela é bem interessante??

O primeiro número fala de como são os cursos de perícia criminal, fala sobre os distúrbios psicológicos que o confinamento isolado traz e mais um monte de informações interessantes para o público em geral. E obviamente, há matéria sobre o efeito CSI. Ah sim, traz duas páginas sobre seis joguinhos online* muy divertidos, desde a análise de cenas de crime até resultados de autópsias! Prato cheio para CSI-maníacos.

E o melhor: praqueles que não acompanham a programação da TV, há um quadrinho muito útil com todos os horários de todos os programas do estilo. MM vai A-DO-RAR! (rs)

Visite o site da revista AQUI.

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Joguinhos (links):
- Autopsy of a murder
- Computer Forensics Jeopardy
- Fingerprint Game (para crianças!)
- Interactive Investigator
- The Virtual Autopsy
- Waking the dead
Auto-propaganda







Em setembro, de 21 a 24 para ser mais precisa, serei uma das instrutoras do curso Estudos de Biodiversidade para Avaliação da Qualidade Ambiental, oferecido pelo IPÊ.

O curso terá como temas principais:

- A perda de biodiversidade e os esforços aplicados para diagnosticar e monitorar o seu estado;
- A avaliação de impactos ambientais (AIA) nos processos de tomada de decisão, desde as fases iniciais de projetos, programas, planos e até mesmo políticas setoriais;
- A importância dos estudos sobre a flora e fauna no contexto do EIA/RIMA, bem como a articulação da AIA com outros instrumentos de políticas como o zoneamento e o licenciamento ambiental;
- Estudos voltados para avaliação e monitoramento da biodiversidade local. Onde e como podemos atuar nos diagnósticos? (levantamentos florísticos e quantitativos; a relação entre a descrição de fitofisionomias, o processo de sucessão ecológica, fragmentação florestal e a legislação ambiental; levantamentos faunísticos; o uso de espécies bioindicadoras, sua eficiência e limitações das avaliações quanto à amostragem, tempo e recursos financeiros).

Mais informações AQUI.
Ecos da FLIP
Para ler (e ir à falência, porque preciso comprá-los), não necessariamente nesta ordem:

- Um deus passeando pela brisa da tarde (Mario de Carvalho)
- Extremely loud and incredibly close (Johnatan Safran Foer)
- Os Detetives Selvagens (Roberto Bolaño)
- Amar-te a ti nem sei se com carícias (Wilson Bueno)
- Umidade: histórias (Reinaldo Moraes)
- Tanto Faz (Reinaldo Moraes)
- Santa Maria do Circo (David Toscana)
- O adiantado da hora (Cony)
- A paixão de Amâncio Amaro (André Laurentino)
- Por acaso (Ali Smith)
- A História do Amor (Nicole Krauss)
- Suíte Francesa (Irene Nemirovski)
- Chove sobre minha infância (Miguel Sanches Neto)
- O último leitor (Ricardo Piglia)
- A Jornada do Escritor (Christopher Vogler)
- Hotel World (Ali Smith)
quarta-feira, 16 de agosto de 2006
Campanha FLIP 2007
Para próxima FLIP produziremos camisetas com as seguintes frases:

- Eu odeio poesia (esta pode vir acompanhada pelo emoticon-bordão da FLIP 2006, PORRA!);

- Não, eu não gosto de poesia;

- E você, quer comprar meu livro?

É lógico que cada um de nós levará um livro bem ruim de pseudo-poesia, feito especialmente para contra-atacar os vendedores ambulantes.

Estamos propondo também que se faça uma feira livre: uma banquinha para todos eles, para que a gente possa circular livremente sem ter que sair correndo a cada troca de olhar com a pessoa errada.
FLIP-FLOPs III
Não é só de Mesas de Debate que é feita a FLIP. Há também as mesas de restaurante e, principalmente, as mesas de bar.

Desde que a Fabiana (Cozza) comentou conosco lá no Trapiche sobre um espetáculo que ela e o Marcelino estavam montando que eu estava curiosa pra ver. Pois para a minha felicidade eles trouxeram o Contos Negreiros para a Off-FLIP. O espetáculo consiste na leitura de trechos do livro homônimo do Marcelino, entremeada por canções afins, interpretadas pela Fabiana.



Realizado numa pousada na estrada para Cunha, para uma platéia atenta, o espetáculo foi de prender a atenção o tempo todo. Marcelino dá vida aos textos, e a Fabiana é daquelas cantoras que você TEM que ouvir. Sabe aquelas de fazer estremecer as paredes? Pois é!

Teve gente até virando fã! :-)

FLIP-FLOPs II
Abertura



Não podia ter sido mais perfeita a abertura desta (marcante) FLIP. Um showzaço da (entidade) Maria Bethânia, mais uma vez DI-VI-NA no palco, totalmente em casa. E eu, que já estava à flor da pele por uma sééérie de razões (acentuadas pelos hormônios), me acabei de chorar com Casinha Branca (não tem jeito, desde criança é assim...). Fiquei arrepiada do começo ao fim, e depois saí de lá mais pensativa do que nunca. Sabe aqueles momentos em que tudo o que você quer é ficar quietinha pensando na vida, agarrado a quem se ama? Pois é.

*

Mesas

Só havia duas mesas que eu queria muito ver: a do Safran Foer e a do Mário de Carvalho. Tava curiosa para saber como eles eram e o que eles pensavam sobre seus trabalhos. Mas sobre isso eu falo daqui a pouco.

Não havíamos comprado ingresso para a primeira mesa, na quinta, e resolvemos arriscar quando o queridíssimo (Jabuti!) Marcelino nos contou que seria o mediador. Pensamos que, no mínimo, a mesa seria divertida, afinal o Marcelino certamente daria conta do recado. Não só foi super dinâmica, como também conhecemos de perto o André Laurentino, cujo livro A paixão de Amâncio Amaro parece ser maravilhoso (MM já comprou, esta lendo e está amando, o que é ótimo sinal, já que ele é suuuuper crítico! rs). O trecho lido pelo Dedé é de uma delicadeza incrível.

A segunda mesa do dia foi a De onde vêm as palavras, como o David Toscana e o (fofo!) Mário de Carvalho (mais conhecido como “O Portuga”). O debate em si não foi lá grande coisa não. Que falta faz um bom mediador! Não me emocionei muito com o trecho lido pelo Toscana e por isso talvez esteja sendo tão difícil acabar de ler o livro dele. Já o Portuga é uma delícia de escutar, embora o Era bom que trocássemos umas idéias sobre o assunto (que eu li e AMEI) pareça infinitamente melhor que Um deus passeando pela brisa da tarde. Uma coisa não se pode negar: os títulos dos livros dele são óóóótimos! É um absurdo que um cara com mais de 20 livros publicados só tenha dois lançados no Brasil. Não preciso nem dizer que já fui pesquisar a FNAC de Portugal pra pedir favores aos amigos que estão morando por lá, né? Já vi uns dois ou três que muito me interessaram...

Na sexta vimos a mesa As matérias do romance, com o Ignácio de Loyola Brandão, Miguel Sanches Neto e Wilson Bueno (com a grande responsabilidade de substituir o Cony, que ficou doente e não pode ir). Criei uma expectativa enorme com o Ignácio de Loyola e o que ele leu fo decepcionante. Em compensação, adorei o trecho lido pelo Miguel Sanches Neto, do Chove sobre minha infância (mais um livro pra eu roubar da estante do MM), e dei boas risadas com a leitura do trecho de Amar-te a ti nem sei se com carícias, do Wilson Bueno (já foi pra lista!).

No sábado, nosso dia mais cheio, começamos com a mesa da qual participaram André Sant'Anna, Lourenço Mutarelli e Reinaldo Moraes. Tudo novidade pra mim. Tudo muito diferente. Não achei nada sensacional, mas fiquei curiosa, especialmente em relação ao livro novo do Reinaldo Moraes (enquanto isso, eu devo ir lendo o Tanto Faz mesmo, pra aquecer...).

A mesa seguinte era a do Gabeira, que eu estava muito curiosa pra ver. Mas, seguindo a tradição de péssimos serviços nos restarantes de Paraty (embora sejam quase todos muito charmosos e com a comida maravilhosa), ficamos mais de uma hora esperando para sermos servidos. Chegamos no meio do debate e eu sinceramente já estava desanimada demais pra prestar muita atenção. Assisti uns minutos, o suficiente pra ver o Hitchens chamar o Gabeira de terrorista e ele continuar tranqüilo como sempre. Fiquei pelas redondezas aproveitando a luz maravilhosa do fim de tarde de outono para fotografar.

José Miguel Wisnick substituiu o Ricardo Piglia, que também ficou doente. Wisnick dissecou contos de Machado, em especial Um homem célebre (que eu adoro), e fez a ponte com o nascimento da música popular brasileira como a conhecemos hoje. Pena que eu estava extremamente cansada e não aproveitei muito. No fundo, devia ter ido para a pousada tirar um cochilo...

A última mesa do sábado reuniu Safran Foer e Ali Smith, duas felizes surpresas. A mediação ajudou muito para que debate fosse o mais dinâmico possível. Não concordo com quem disse que eles tinham sido frios e arrogantes. É óbvio que não dá pra exigir de uma escocesa e de um americano descendente de ucranianos o mesmo calor de um pernambucano e uma paraibana, não é mesmo? De arrogância, nao vi nada. O que vi foram dois escritores completamente desarmados, desmistificando uma série de coisas acerca do processo criativo. Aproveitei para ouvir o debate na língua original para comprovar uma suspeita: os livros do Safran Foer são pessimamente traduzidos para o português. Extremamente alto e incrivelmente perto, só em inglês! Da Ali Smith, Hotel World (que ainda está sendo tranduzido para o português) parece ser melhor que Por Acaso. Por via das dúvidas, vou ler os dois.

A última mesa da FLIP para mim foi Adélia Prado, no domingo pela manhã. Todo mundo sabe que eu não sou a maior fã de poesia (embora fosse quando criança). Isto é fruto dos poetas ambulantes (Você gosta de poesia?), deste que fazem performances, que me perturbam na porta do CCBB e que nos perseguiram a FLIP inteira. Aliás, sobre isso falarei mais tarde também. O fato é que escutar Adélia Prado foi como escutar aquelas velhinhas do interior, fofas até dizer chega, daquelas que você quer chamar de vó e quer encostar a cabeça no colo e que ganhar cafuné e que dar beijinhos naquelas bochechas bem vividas. Não foi à toa que muita gente chorou. Adélia Prado disse coisas brilhantes. Criticou essa mania moderna de transformar tudo em arte. "Quando tudo é arte, nada é arte", ela disse. Assino embaixo! Isso sem contar a crítica à falta de contemplação de hoje em dia (a vida engole a gente, eu vivo dizendo isso...), e apontou a nítida relação entre a arte e a religiosidade. Enfim, uma palestra que deve ter colocado muita gente no seu devido lugar. Eu poderia estar até agora escutando a Adélia falar. Mas me diz se não seria uma beleza ouvir o papo dela numa casinha branca, varanda, quintal, janela, sol nascendo...

Ficou faltando só ver a Nicole-esposa-do-Safran-Foer. Tudo bem, depois pego o livro emprestado com o Flávio! ;-)

Não sei o que tinham aquelas moças lá na nossa pousada, que não gostaram da FLIP. Pois eu gostei tanto, que acho que nunca saberei explicar exatamente o porquê.

FLIP-FLOPs I

Difícil, muito difícil fazer um resumo da FLIP. Só quem vai sabe o que é. E todo mundo que vai fica numa ressaca danada durante um bom tempo. Ressaca emocional, e não alcoólica, que fique bem claro (embora alguns voltem com ambas...). Pra mim é ainda mais difícil. Aquele não é o meu mundo, e eu me sinto personagem de ficção. O bom é que durante cinco dias eu posso ser o que eu quiser. Mas é traumático ter que voltar.

*
Esta FLIP teve um gosto especial. Primeiro porque foi ameaçada durante uns dois dias por vírus e bactérias que tentaram - e não conseguiram - derrotar MM. Depois porque, às vésperas da viagem, eu senti de um jeito muito forte que a minha vida está realmente prestes a mudar, e pra muito melhor.

*

E assim, numa quarta-feira de sol escaldante e céu azul, rumamos para uma colorida e enfeitada Paraty, para mais dias alegres com amigos, para novos amigos, para novos livros, para novas idéias e - por que não? - para novos sonhos.

terça-feira, 15 de agosto de 2006
Enquanto o post da FLIP não vem...
Finalmente tenho som no meu computador de novo!! Já posso ouvir os sons chatos do windows (que saudade...), músicas (IEBA!) e conversar com os amigos que estão longe pelo Skype (IUPPIIIIIIIIII)!

Feliiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiz!
domingo, 13 de agosto de 2006
Eu prefiro a ficção

Acabamos de voltar da FLIP 2006. Foi tudo muuuuito bom, muitos comentários a fazer, mas infelizmente a realidade estava me esperando de chinelo na mão por aqui. Há aulas a preparar e mala a arrumar, porque amanhã Paracambolinha me espera. Na terça ou na quarta, após recuperar as horas de sono "perdidas", colocarei aqui um post decente e o link para as fotos, as usual.
Já vou logo adiantando que adorei: André Laurentino (surpresa ótima), J. Safran Foer (a mesa que eu mais queria ver e que superou minhas expectativas), Ali Smith (outra boa surpresa) e Adélia Prado. Também adorei os almoços e jantares com os amigos, a piscina, os dias lindos e as noites de pernas entrelaçadas.
Não gostei nada de ter que voltar para a minha vida de não-ficção.

(Falta muito pra FLIP 2007?)
sábado, 12 de agosto de 2006
Aniversário
















Zenóbia já definiu Cordélia como uma dessas amigas que estão sempre aqui, mesmo quando não estão. As duas sempre se entendem nos mais difíceis desencontros e se reencontram com a mesma alegria de antes.
Cultivam, juntas, o amor pelos cães, as plantas e os livros. Gostam de chá e de paisagens estranhas. E acham um rebanho de ovelhas um encanto.
Poderiam ser irmãs se não fossem amigas. E sempre se dizem, em silêncio, que uma amizade como essa dura para além de toda vida.


(O livro de Zenóbia - Maria Esther Maciel)



terça-feira, 8 de agosto de 2006
Efeito "casamento balzaco"
Casamento aos 30 é muito diferente de casamento aos 24. E mexe muito mais com os hormônios. Meus óvulos apodrecendo há 3 pelo menos anos nos meus ovários. Instinto maternal sendo desperdiçado com alunos ingratos. Tsc tsc.

Aí imagina o terremoto (hormoniomoto, pra ser mais exata) de ver fotinhos fofas de filhotes fofos de amigos fofos??? Hoje foi a foto da Ju, filha da Paty, liiiiiiiiiinda, de uniforme, na sua primeira semana na escola. E mais, ela também não queria ir embora da escola no primeiro dia, como eu!!

Será que três anos passam beeeeeeeeeeeeem rápido?
Cego em tiroteio
Pobre fica desconfiado pacas quando ganha esmola grande. E fica perdido. Dois dias de folga pra mim. Minhas férias. Sem Paracambolinha, compromissos, ponte aérea. O que aconteceu? Dois dias estupidamente improdutivos. Ócio total. Não, não gostei. Não consigo ficar sem fazer nada. Pra dar uma amenizada, fui ao salão e cortei o cabelo (não, ainda não passei máquina zero) e fiz as unhas. Vou repetir porque vocês não devem ter entendido: FIZ AS UNHAS! Acho que a última vez que fiz as unhas foi pra um casamento, e nem fui ao salão. Salão mesmo, no mínimo um ano e meio. Sempre acho que há coisas mais importantes a fazer com vinte reais. Mas o ócio me levou até lá. E, claro, saí me sentindo linda! (teoria: ir de vez em quando é mais legal porque o impacto é maior)

Voltei pra casa com vontade de arrumar coisas e cozinhar. Meu lado Amélia que volta e meia dá as caras. Mas como tinha sobrado comida de ontem (e eu ODEIO cozinhar só pra mim), lavei a louça e limpei o chão. Depois arrumei o armário. E aí, sem saber mais o que fazer, vim arrumar meus arquivos no computador.

Essa onda Amélia certamente foi causada pelo fato de estarmos procurando apê pra morar juntos, e à medida que isso vai ficando mais real minha ansiedade vai aumentando exponencialmente. Até sonhei que eu estava desencaixotando minhas coisas num apê que a gente viu.

E pra completar a minha vontade de ser "Amélia por uns dias" (que todo dia também ninguém aguenta), a amiga Vicki deu a dica de um site bem legal de onde ela tirou uma receita de mousse de Nutella (de novo, MOUSSE DE NUTELLA) que deve ser a oitava maravilha do mundo!
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
M E T A
Já deixou de ser sonho de consumo. Agora é meta.

Para babar junto comigo, clique AQUI.

Contagem regressiva

DOIS DIAS PARA A FLIP!!!!!!
Um despautério!
Às vezes me pergunto como alguém ainda tem coragem de cogitar a possibilidade de eu voltar pra SP, se aqui eu tenho:

















E posso almoçar vendo:

















Tsc tsc...
Como é bom ter amigos (e como é triste quando eles vão embora...)
Sábado de gripe e conjutivite (não, o MM não havia me dado um soco no olho). Mas também sábado de fondue e vinho. E novela das oito. E muitos muitos muitos muitos muitos muitos muitos muitos muitos muitos muitos risos. E pessoas de quem eu gosto cada vez mais. E nada de frescura. E implicâncias recíprocas. E auto-sacanagem. E mais e mais e mais e mais e mais risos. E histórias de van. E buzinas. E funk (!!!!). E curimba. E anfitriões de primeira numa casa linda linda linda.

Você sabe que teve uma noite feliz quando nada (nem a areia no olho) tira o seu bom humor no auge de sua TPM!


domingo, 6 de agosto de 2006
Eu digo que não, mas eu gosto sim
Ir à Nazaré é ruim, porque é o lugar mais contra-mão do universo. Mas lá estão amigos e pessoas muito importantes para a minha vida profissional. E aí, toda vez que eu vou pra lá, eu volto com um gás louco, uma vontade imensa de trabalhar, trabalhar, trabalhar!

Estes dois dias foram altamente produtivos e promissores, estou verdadeiramente animada com as possibilidades para o futuro. Especialmente porque elas não devem afetar minha finalmente-cor-de-rosa vida pessoal.

Só é ruim porque mais uma vez me faz pensar que meu cérebro está sendo sub-utilizado lá no meu local de trabalho atual. Sem falsa modéstia, eu mereço coisa melhor. Mas pelo menos depois de muitas conversas, eu já tenho metas traçadas para conseguir voltar a circular no meio, que é do que eu preciso agora.

Ah, só tem uma coisa ruim: eu tenho alergia à São Paulo. Não é metafórico, é fisiológico. Toda vez que eu vou à SP, eu volto bichada. Desta vez fui acometida por uma conjutivite bacteriana que me fez ficar dois dias com o aspecto de alguém que tomou um soco no olho e uma soprada de areia. Isso sem contar a rinite, mas aí é só o avião pousar em Guarulhos que eu já começo a espirrar, nem conta mais.
sábado, 5 de agosto de 2006
Só paulista mesmo!
Sem preconceito, mas que pessoa liga pra esposa e diz que "estará chegando no aeroporto por volta de vinte e uma e trinta e estará em casa por volta de vinte e duas horas"???

Fala sério! Será que pra dormirem juntos deve "ter que estar preenchendo" um formulário em três vias e "estar entregando" para o cônjuge até às dezoito e vinte e sete?

Eu, hein?!
terça-feira, 1 de agosto de 2006
Tal mãe, tal filho

Acho que o meu cachorro é o único que prefere queijo a carne.