.:| Neguinha Suburbana |:.
Coisas da vida, artesanato, fotografia e meio ambiente

Versão 3.2/2008: Tudo na vida é uma questão de prioridade, comedimento e tolerância.
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007
>> Caos <<
Primeira semana de aula normalmente é suuuuper tranqüila. É verdade, a não ser que você seja coordenadora de um curso cheio de alunos cujo passatempo preferido é reclamar, seja lá do que for, e cujos professores resolvem mudar de horário, arrumar outro emprego e te deixar na mão depois que as aulas começaram.


Me respondam: por que raios quando tudo entra nos eixos e eu fico tranqüila passa outro tufão e joga tudo pros ares??

Droga, droga, droga!

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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007
Pra tudo se acabar na quarta-feira
Taí, apesar dos pesares este foi um ótimo carnaval. Muita diversão, muita paz, tudo na maior tranqüilidade, muitos amigos, muito samba, quanto riso, oh, quanta alegria. É claro, o carnaval é uma ilusão e tudo se acaba na quarta-feira. Não precisava acabar com um balde de água fria na nossa cabeça, mas, paciência.
Muitas fotos, muitos confetis, muitos beijos e abraços.
Teve fada, onça, he-man, mãe de santo, Fred Flinstone e até coelho assado.
Boitatá delicioso, desfile emocionante, Rancho lotado (Alfredinho tava numa alegria só, por baixo da barba), experiência maravilhosa de ver o Cacique de Ramos na Rio Branco, como nos antigos carnavais do subúrbio. Não se pode deixar que isso seja apagado pela apuração de ontem. Até porque, sabemos há tempos, aquilo não é pra ser levado a sério, não é mesmo?


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As fotos estão aí:

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Nada contra a Beija-Flor (tá, tá quase nada...). Embora eu ache que ela seja queridinha, parece que fez um bom desfile. Esse eu não vi.
Agora, Grande Rio é um pouco demais, não é??


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Nunca na vida torci pelo Salgueiro, mas este ano foi uma injustiça muito grande. Merecia no mínimo ir para o desfile das campeãs.

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Adoro a Portela, mas 10 em alegoria com o primeiro carro mais feio da história???

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Alguém lembrou de contar pra Preta Gil que rainha de bateria tem que 1. saudar os ritmistas e 2. SAMBAR??

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Porto da Pedra na frente do Império e da Mocidade?? HEIN???

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Sabe aquela história de "imperiano de fé não cansa"? Pois é.

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Agora, é curioso fazer a análise econômica e ver que quem tem mais (dinheiro de bicheiro) levou, né?

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Pois que seja no grupo de acesso, ano que vem estaremos lá de novo. Só é triste saber que muito provavelmente um trabalho sério pode ser, em breve, jogado no lixo.

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Ah sim, no site do jornal O Dia tem um fórum (O resutado foi justo?) onde se pode comentar sobre a apuração de ontem. Os comentários mais engraçados vêm dos tricolores: "se ele [Horcades] entendesse de conjunto, o Fluminense não estava na M. que está."

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Pra relaxar, um pouco do Rancho Flor do Sereno e um pouco do Cacique de Ramos. Bem pouco, mas é só pra dar o gostinho mesmo.




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domingo, 18 de fevereiro de 2007
O que acontece quando você passa muitas horas bebendo sem parar?
Além de ficar com bafo de cerveja (nojento, urgh) por uns três dias, o normal é chegar em casa sem forças até para mudar de roupa. Toma uma aguinha pra não ficar desidratado, coloca um açúcar pra dentro (afinal é só o primeiro dia de carnaval), deita xexelento mesmo (tomar banho, nem pensar!), depois de uma escovada bem meia-boca nos dentes. Liga a televisão só pra embalar ainda mais o soninho, porque no fundo você já não está mais fazendo sinapse e tá só em stand by, não é?

Pois eu sou a única pessoa do mundo que tem insônia. Deve ter sido o copo de coca-cola que eu tomei...

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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007
E chegou a hora da folia!
Foram mais de 40 dias de preparo fisico intenso. É claro não era exatamente pro carnaval que eu estava me preparando, mas vai ser muito útil nos próximos 4 dias. Um par de joelheiras, músculos estimulados, acessórios coloridos e muitos sambas na ponta da língua. Infelizmente não tenho mais o pique de alguns anos atrás. Meu fígado nunca foi resistente, minhas pernas muito menos. Chega uma hora em que eu desligo. Por isso mesmo aprendi a ser comedida, a fazer tudo em doses homeopáticas pra que a energia dure todos os dias. Não esperem me encontrar em blocos lotados, e tenham paciência com as vezes em que eu terei que descansar sentada no meio fio. Ainda quero ter muitos carnavais pela frente.


Estou guardando minhas energias para o domingo, pro momento em que eu serei completamente verde e branco. Porque eu levo essas coisas muito a sério. Porque eu tenho o mínimo de respeito pelas pessoas que julgam aquele momento o mais importante de suas vidas, um momento pelo qual elas trabalharam durante um ano inteiro. Viro um general, muito pior do que os temidos diretores de harmonia. Fico na primeira fila brigando com a ala da frente.


Não, não sou vira-casaca. Quando eu tinha 9 anos de idade, eu queria ser porta-bandeira do Império Serrano. Por quê? Talvez porque eu passasse na frente da quadra algumas vezes por semana, e ficava olhando pelo buraquinho, querendo saber o que se escondia lá dentro. Talvez porque tio Calixto (dos pratos) era meu vizinho. Talvez porque eu gostasse dos sambas. Um dia virei Mangueira. Foi por causa do rosa, eu achava lindo. Foi também porque filha única acha que os gostos do pai é que são os certos. Sei lá.


O fato é que por caminhos inesperados, eu voltei ao Império. A Mangueira é de todos. É do Cartola e do Chico. Mas é também dos playbóis, turistas e globais. O Império não. Lá eu me sinto em casa. É como se eu conhecesse todo mundo, como se eu pudesse sentar à mesa com as tias da Velha Guarda e falar das coisas que só existem no subúrbio. Como se elas fossem mesmo minhas tias. É poder sambar na quadra sem achar que a qualquer momento vai ter pancada. Porque lá nao tem. É ir aos shows e dizer "oi" pra todo mundo.

Então, neste ano, a Mangueira que me desculpe, mas meu coração é Imperial.


Eu sou de lá
Eu vi o Império nascer
Eu vi o Império lutar
Eu vi iaiá
Eu vi o Império vencer


(Sou Imperial - Avarese)

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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007
Todo dia é dia, mas...


HAPPY

VALENTINE'S

DAY!

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Cientistas na fogueira
A ciência sob pressão
Vítimas do conhecimento que acumulam, pesquisadores são perseguidos no Brasil e no exterior, enfrentando uma guerra contra seus direitos individuais
Por Júlio Wiziack


Única brasileira a receber o prêmio Manuel Velasco-Suarez, a mais alta honraria concedida pela Organização Panamericana de Saúde (Opas), a antropóloga Débora Diniz nem teve tempo para comemorações. Foi demitida da Universidade Católica de Brasília, onde lecionava, no mesmo dia em que colocou a mão no troféu concedido por seu trabalho na área de medicina fetal. O episódio, ocorrido há cinco anos, ganhou repercussão internacional, especialmente depois que a Pró-Vida, uma organização ligada à Igreja Católica, começou uma campanha contra a pesquisadora, a quem chamava de “a abortista”. Desde então, Débora teve de trocar quatro vezes o número de seu telefone e perdeu a conta das ameaças que recebeu (uma delas foi de morte). Depois de anos exigindo retratações, a especialista chegou no início deste ano à mais alta instância do Judiciário. Sua ação por danos morais corre no Supremo Tribunal Federal (STF). A justificativa: o desrespeito à liberdade de cátedra.


Criada na Alemanha por volta de 1830, a cátedra é um sistema que garante a um professor universitário autonomia de pesquisa, independentemente do local onde trabalha. Na prática, isso significa que ele não pode ser demitido nem pressionado para mudar sua linha de estudo. “A idéia é preservar a produção do conhecimento, livrando a ciência dos conflitos de interesse”, diz Flávio Edler, presidente da Sociedade Brasileira de História da Ciência (SBHC).


Artigo na íntegra aqui.

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terça-feira, 13 de fevereiro de 2007
Artes

Latinha reciclada que virou um porta-lápis e já está enfeitando a minha mesa!
Gostou? Veja mais coisas aqui.
E peça já a sua! Aceitamos encomendas!
:-)

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Duas perguntas que não querem calar...
1. Por que platéias de eventos de poesia são sempre compostas por maioria esmagadora de chatos??

2. O que leva um homem com mais de 40 anos a se inscrever em comunidades do ORKUT com o título "eu tenho TPM"???

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Darwin Day






Dia 12 de fevereiro é comemorado em todo o mundo o nascimento de Darwin, que aconteceu há 198 anos.


A Livraria da Travessa, pelo terceiro ano consecutivo, entra nas festividades hoje, com um debate na filial do Shopping Leblon.


Palestra e bate-papo

O que é a teoria da evolução?


com Diogo Meyer,
biólogo e doutor pela
Universidade da Califórnia

Dia 13 de fevereiro
terça-feira, a partir das 19h30

Livraria da Travessa
Shopping Leblon
av. Afrânio de Mello Franco 290 - 2º piso
tel.: 3138-9600
(estacionamento no local)
____________________
Mais informações sobre o Darwin Day aqui.

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O que é mesmo "cultura"?
Grupo descobre "Idade da Pedra" dos chimpanzés
Claudio Angelo - Editor de Ciência da Folha Online

Um grupo internacional de pesquisadores descobriu em uma floresta da Costa do Marfim um conjunto de ferramentas rudimentares de pedra com 4.300 anos de idade. Até aí, nada de excepcional. A novidade é que os fabricantes dos instrumentos não foram caçadores-coletores humanos, mas sim um bando de chimpanzés.

(...)

Embora ferramentas de pedra antigas usadas por esses macacos para quebrar frutos secos já fossem conhecidas, esta é a primeira vez que se descobrem sítios arqueológicos com vestígios milenares de uma "cultura" símia. O que traz à tona uma questão com a qual os antropólogos têm se debatido: o que é mesmo "cultura"?

A definição tem sido cada vez mais bagunçada pelos estudos de comportamento animal.
Considerada num passado não muito distante uma característica humana por excelência, a transmissão cultural --que inclui o uso de ferramentas para modificar intencionalmente o ambiente-- já está bem comprovada em grandes macacos como chimpanzés.

Há bons indícios de que ela aconteça entre golfinhos e até entre os modestos macacos-pregos, separados da linhagem humana por 30 milhões de anos de evolução. Há quem diga que até aves, como os corvos, a possuam em algum grau.

O novo estudo, liderado pelo espanhol Júlio Mercader, da Universidade de Calgary (Canadá), leva essas evidências ao extremo. Afinal, ele mostra que não só os chimpanzés são capazes de transmitir conhecimento tecnológico dentro da sociedade como também de manter esse conhecimento.

(...)

Tecnologia de ponta

Os antigos instrumentos líticos dos macacos consistem praticamente em "martelos" usados para quebrar cinco tipos de castanha existentes na floresta. Os bichos gostam tanto dos frutos que dedicam uma média de sete anos de "estudo" para aprender a rachar os coquinhos sem destruir a noz, usando pedras de até 9 quilos.

(...)

Os sítios arqueológicos descobertos por Mercader e colegas dos EUA, do Reino Unido e da Alemanha precedem a invenção da agricultura por humanos naquela região. "Não havia agricultores vivendo ali há 4.300 anos, portanto é improvável que os chimpanzés tenham aprendido [o hábito] por imitação de humanos, como alguns cientistas costumavam alegar", afirma Mercader.

Para o espanhol, o achado sugere que a técnica da percussão de pedras para quebrar castanhas já era adotada pelo último ancestral comum entre humanos e chimpanzés, há cerca de 7 milhões de anos.
_____________________
Para ler a matéria na íntegra, clique no título ali em cima.
Mais informações aqui.

Referência completa do trabalho original:
Mercader, Julio, Huw Barton, Jason Gillespie, Jack Harris, Steven Kuhn, Robert Tyler, and Christophe Boesch. 4300-year-old chimpanzee sites and the origins of percussive stone technology. PNAS, February 2007.

Imagem: iStochphoto

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segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007
Último ensaio na quadra
No sábado eu, MM e Mari encaramos o último ensaio do Império na quadra. Nosso comboio era originalmente maior, mas, como de costume, acabou sendo desfalcado aos 45 minutos do segundo tempo (só não ganho na mega-sena!!!).

Por causa da feijoada com show do Bebeto que bombou à tarde, a galera teve que ficar plantada do lado de fora por mais de uma hora. Mas fora isso o ensaio foi ótimo (embora menos animado do que no ano passado). E eu, felizmente, tinha uma cadeira à minha disposição. Tive que privar o público da minha performance de passista, para economizar minhas articulações para o domingo que vem.

















Foi legal ver a quadra inteira cantando o samba de 2007, e mais legal ainda ver muita gente de outras escolas por lá.


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domingo, 11 de fevereiro de 2007
Eu sambei com o meu secretário!
Na sexta fiz o test-drive da avenida. Uma joelheira em cada perna, algum álcool pra anestesiar, e lá fui eu.

Sobrevivi.

Não foi a coisa mais fácil do mundo, e muito menos indolor. Mas sobrevivi.

O ensaio foi ótimo, apesar de alguns pequenos erros que já deveriam ter sido corrigidos.

Depois ainda esticamos na comemoração do aniversário da Mari lá no Samba Luzia. Lugar muuuuuuuito legal, ao ar livre, com sambinha da melhor qualidade. E por um precinho bem pequenininho. Cerveja de garrafa e muitos comes deliciosos.

Só que aí, depois de 5 horas em pé, os pobres joelhos já estavam pedindo arrego...

Para o dia do desfile: levar um plástico para ficar sentadinha no meio-fio durante a concentração. Não posso desfalcar a escola, né?

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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007
Não sou novela, mas pode me acompanhar!
Programação da semana:

Sexta, dia 9 de fevereiro: ensaio do Império Serrano na Sapucaí. É de grátis e é animadão!

Sábado, 10 de fevereiro: último ensaio do Império na quadra. Emoção imperdível!

Domingo, 11 de fevereiro: em algum momento depois das 9h da manhã tem Suvaco do Cristo, aqui do ladim. Pode chegar!
Se liga no meu carnaval!
Finalmente o carnaval começou em mim. Depois do medo de ir tudo joelho abaixo, tomei coragem, gastei uns reais, e munida de joelheiras enfrentei o primeiro test drive.




Não poderia ter sido em melhor ocasião: a comemoração dos 60 anos do Império Serrano no Teatro Rival, antecipando o carnaval.







Primeiro, encontrar pessoas conhecidas e fazer novos "amigos" é sempre muito bom. Depois, um sambinha de ótima qualidade é melhor ainda.


















Eu não fazia a menor idéia de como seria esse show. Pra falar a verdade, eu acho esses "shows" de escola de samba meio esquisitos. Mas, como ir aos eventos do Império é sempre muito bom, não esperava nada ruim. E fiquei emocionadíssima.

Primeiro, um vídeo preparado pela Rachel Valença, com imagens raríssimas. Engraçado que ele fez com que eu me lembrasse arazão pela qual aos 9 anos de idade eu queria ser porta-bandeira do Império! Além da evidente afinidade e proximidade com Madureira e de passar na frente da quadra muitas vezes por semana, tinah ainda o "tio" Calixto, vizinho do 604, pai da primeira amiguinha que eu tive no prédio da Vila da Penha. Uma vez meu pai me disse que ele era muito importante no Império, era o cara que havia levado os pratos para a bateria de escola de samba. Eu achava aquilo o máximo: ele sabia meu nome!

Depois do vídeo, a pequena "Mestre de Cerimônias", mostrando que o Império soube aproveitar o enredo da melhor forma possível, e levou boa parte do Rival às lágrimas. Aí emendou no Jongo (aquele batuque me hipnotiza - alguém precisa me levar a um terreiro com urgência, isso deve ter alguma explicação!), depois a Velha Guarda e finalmente a bateria.

Não dá pra descrever. Só estando lá pra saber.


















A sorte é que na quarta que vem tem de novo, e aí você que não foi pode ir e descobrir como é.


Coloquei mais fotos lá no FLICKr, pra dar água na boca!

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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007
Canção para hoje (e para os próximos 3 ou 4 meses)















Não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz


Não me deixe só


(Não me deixe só - Vanessa da Mata)