


BOM CARNAVAL, MEU POVO!
Não é nada fácil ser mulher, viu? Em um momento você está ótima, no minuto seguinte parece que o mundo vai desabar na sua cabeça. Assim, sem motivo. E o pior: você SABE que não há motivos e simplesmente não consegue se controlar. Você começa a achar que tudo vai dar errado, que você é infeliz, feia, desajeitada, burra. Que ele não te ama. Que você não vale um centavo de peso chileno. Você chora até porque o menino com cara de bobo do American Idol passa de fase, quando personagens de série se casam, com a propaganda de um filme de amor. Você chora disfarçadamente porque o cachorro dormiu no seu colo. Você chora durante horas quando lembra dele dizendo que te ama. Você sente vontade de sumir, quem sabe visitar o lado mais escuro do seu porão. E que beleza se sentir assim em pleno carnaval, não é?
Tenho certeza que no decorrer destas duas últimas semanas ele achou que eu talvez estivesse ficando maluca. Era balde pra um lado, pano para o outro. Vassoura, rodo, produtos de limpeza. E acorda cedo, dobra roupa, arruma a casa. Lava coisas, faz supermercado, cozinha. Acho que se ele não tivesse que ficar de repouso, tinha me amarrado numa cadeira pra que eu ficasse quieta.
Há coisas na vida que soam como testes, mas que acontecem simplesmente para nos dizer que estamos no caminho certo. Para que a gente tenha ainda mais certeza do que já sabemos que é certo. Para que a gente tenha ainda mais vontade de continuar andando. Para mostrar que há coisas que estão para sempre protegidas. 
Eu desencaixotei algumas das minhas coisas de artesanato (o que eu consegu achar no meio da bagunça...). Acabei de montar a mesa e tirei a máquina de costura da caixa. Arrumei tecidos, botões, tintas, pincéis e muitas outras coisinhas num gaveteiro. Comprei placa de corte, régua e cortador. Revista. Tecido.Marcadores: natal, ponto cruz


Shakespeare não serve de álibi, de Licínio Rios
Quarteto, de Manuel Vasquez MontalbánNessa narrativa envolvente, que consegue surpreender do início ao fim, dois casais blasés e "um amigo" têm sua rotina perturbada quando uma das mulheres é encontrada morta, colocando a todos numa trama policial especialmente combinada com humor negro. Quarteto apresenta tipos humanos próximos a nós, desenhados com traços rápidos e penetrantes: tanto o inspetor Dávila como Carlota e os outros personagens seduzem o leitor desde o primeiro instante. Este se sente capturado por uma história - a de um quarteto formado por cinco pessoas, de dois casais que no final das contas não o são, de um inspetor cuja investigação não leva a lugar algum - e por personagens que ganham consistência à medida que avança o relato de seus encontros e separações, onde só no final se chega ao sossego.
Eu não conhecia nenhum livro dele, e MM me deu esse na semana passada. De ler num fôlego só, não só porque é pequenininho, mas porque a gente não consegue largar antes de chegar à última página! Já vi outros dele na livraria e já fiquei de olho!
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O Jardim do Diabo, de Luis Fernando Veríssimo
Primeiro romance escrito por Luis Fernando Veríssimo, Jardim do Diabo: Romance foi publicado em 1988 e é obra cultuada por seus leitores. Inteiramente revisto pelo autor, este thriller bem humorado e inteligente volta em nova edição, atendendo à expectativa dos seus muitos fãs. Uma mulher é encontrada esfaqueada em seu quarto - na parede, escritas com sangue da vítima, palavras em grego. É isso que o inspetor Macieira conta a Estevão, um escritor de histórias policiais, sempre assinadas com um pseudônimo americano. O inspetor Macieira vai atrás de Estevão por um detalhe - a cena do crime é exatamente igual à descrita por ele em seu último romance. O assassinato, no entanto, ocorreu antes de o livro ser lançado. A partir dessa visita, os dias monótonos de Estevão começam a ser invadidos por seus personagens. Vida e ficção passam então a disputar um jogo fascinante de que o leitor é a grande testemunha.
Como tudo do Veríssimo, este livro é muito leve de ser lido. Bom pra relaxar!

Domingo, dia 12 de fevereiro é o dia do 197º aniversário de Charles Darwin, pai da Teoria Evolutiva e co-autor da Teoria da Seleção Natural. Apesar de ser sempre comemorada internacionalmente, é a primeira vez que o Brasil dedica um dia a este grande teórico.
Enquanto a “alta literatura” está de terno e gravata na sala, o romance policial (considerado erroneamente como a “sub-literatura”) está na cozinha preparando guloseimas para entreter os convidados.
Mas o que ele tem de mais legal são os bichinhos de pelúcia de conhecidos nossos: vírus da gripe, E. coli, vaca louca, doença do sono, ebola, até levedo de cerveja tem.
RIO - Senhor, olhai por nós, até por quem perdeu a fé - principalmente por quem perdeu a fé no samba e diz por aí que o Grupo Especial é e deve ser espetáculo, Broadway, Las Vegas.
Perfeição?! Não, claro que não. Nego e a bateria de Mestre Átila iniciaram o ensaio com um andamento exageradamente acelerado (que o samba não pede), depois corrigido. A lateral da pista, principalmente perto do casal de mestre-sala e porta-bandeira, Robson e Ana Paula, e dos ritmistas, estava cheia demais, atrapalhando a evolução. O número de diretores de harmonia parecia insuficiente, ou mal distribuído. Resultado: um buraco aqui, outro ali. E a ala das crianças não cantou como o resto da escola (talvez o cansaço por causa do horário).

