.:| Neguinha Suburbana |:.
Coisas da vida, artesanato, fotografia e meio ambiente

Versão 3.2/2008: Tudo na vida é uma questão de prioridade, comedimento e tolerância.
terça-feira, 31 de julho de 2007
Crise de abstinência

* É tão triste não ter mais competições interessantes pra assistir na TV, não poder mais contabilizar medalhas...


* Pensando bem, depois de pelo menos 40 mãos no peito, hino na ponta da língua e muitas lágrimas, é melhor descansar um pouco mesmo!


* Voltamos a só dar importância ao futebol, e, infelizmente, ao pior futebol dos últimos tempos. Dá nojo ver aqueles caras jogando sem nenhum tesão, beijando e fazendo juras de amor a não-sei-quantas camisas diferentes por ano.


* Quem diria que pra ver futebol de qualidade a gente ia ter que gritar pela mulherada, hein?!


* E enquanto eu me acostumo com a falta do PAN, será que dá pra parar de passar os pódios e parar de fazer retrospectivas, senão eu vou continuar chorando??

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segunda-feira, 30 de julho de 2007
Homem primata
Políticos querem que legado do Pan dê lugar a shopping e shows

O clima é de fim de feira no Rio após o Pan-Americano, mas, pelos projetos dos governantes locais, parte dos cenários que viram a campanha recordista do Brasil vai virar palco de outras feiras, se transformando em shopping, centro de convenções, hotel ou casa de shows.

Vai ser o fim do parque aquático Julio de Lamare, do Maria Lenk, do Célio de Barros e do Velódromo. "A natação não é rentável", segundo o nosso digníssimo prefeito, e a maioria destes locais deve ser transformada em shopping center, estacionamento e locais para shows.

Leia tudo aqui e fique tão puto quanto eu.

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quinta-feira, 26 de julho de 2007
Neguinha Suburbana também é gastronomia!
















Como parte da reorganização da minha vida, coloquei como uma das metas testar uma receita nova por mês, além das variadas semanais (porque ninguém agüenta arroz com feijão todo dia, embora seja delicioso).

Quando estávamos em SP vimos o Olivier Anquier ensinando uma receita de frango que nos pareceu muitíssimo interessante, e eu fiquei ansiosíssima para experimentar.

Esta semana me aventurei. A receita foi testada e aprovada, com pequenas modificações, claro.

Publico abaixo a receita original com as minhas adaptações em itálico:

Frango à Indiana no Olivier Anquier, com adaptações da Flávia Rocha

Ingredientes:

• 4 filés de frango (eu usei meio kg de filé de peito picadinho)
• 1 copo de iogurte
• 1 colher de sopa de hortelã picado
• 2 dentes de alho picados (eu coloquei mais, hihi)
• 1 colher de chá de gengibre ralado
• 2 maçãs verdes (usei só uma)
• 2 tomates picados
• ½ pimentão vermelho fatiado
• ½ pimentão amarelo fatiado
eu coloquei, além disso, um pimentão verde pequeno (o Olivier não gosta do pimentão verde porque ele diz que a gente se lembra dele por vários dias, e embora eu concorde com ele, eu adoro, então coloquei)
• 1 colher de sopa de curry (coloquei umas 3, porque o MM adora e realmente fica bem mais gostoso)
• 1 pitada de canela em pó
• 500 ml de leite de coco (eu coloquei só uma garrafinha de 200ml e já foi suficiente; o leite de côco tira o gosto de todo o resto)
• ½ cebola picada
• 50 ml de azeite
• 4 xícaras de arroz cozido (ignorei o arroz dele e fiz outro, portanto ignore os ingredientes abaixo, exceto o sal e a pimenta; ver meu arroz abaixo)
• 1 cenoura ralada
• 1 xícara de salsa picada
• 50 g de manteiga
• 50 g de uvas-passas
• sal e pimenta a gosto

Prepare os filés assim:
• Tempere os filés com sal, pimenta e iogurte; (isso mesmo, eles ficam de molho no iogurte e ficam DELICIOSOS depois de grelhados)
• Grelhe os filés de frango no azeite;
• Retire e reserve;
• Na mesma panela, doure o alho e a cebola;
• Junte as maçãs picadas, a canela, o tomate, pimentão, gengibre, leite de côco e o curry; (bom, aí faça nesta ordem: coloque os pimentões e deixem eles cozinharem bastante com um pouquinho de água; quando ficarem bem bem bem macios, coloque os tomates; quando os tomates derreterem, coloque as maçãs, o gengibre e o curry; deixe ferver e aí coloque o leite de côco; coloque sal e pimenta – é possível que você tenha vontade de colocar um pouco mais de curry neste momento: vá em frente.)
• Coloque os filés e o hortelã, e cozinhe por 5 minutos.

Prepare o acompanhamento assim (arroz colorido):
• Refogue a cenoura e a uva-passa na manteiga até ficarem macias;
• Junte o arroz e a salsa;
• Sirva com os filés de frango e o molho.

O meu arroz eu fiz assim:
• Cozinhe o seu arroz normalmente.
• Como eu não dispunha de muitos legumes em casa, eu optei por misturar uma latinha de seleta de legumes.
• Misture umas duas colheres de sopa de queijo parmesão ralado.
• Depois de bem misturadinho, coloque umas colheres de creme de leite, só pra ficar molhadinho. Eu garanto, fica uma delícia.

A aparência do prato não fica lá essas coisas (e a foto que eu tirei também não ajuda nada), mas o gosto, eu garanto, é divino. Fiz um panelão achando que ia ter comida pra dois, dias, mas foi praticamente tudo pros nossos estômagos. E olha que eu nem gosto muito de curry, mas esse frango ficou de dar água na boca (só de pensar fiquei aqui triste porque não tem nem um restinho na geladeira...).

Já estou pensando o que vem por aí no mês que vem.

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terça-feira, 24 de julho de 2007
Boletim do PAN
. A final do tênis de mesa (ping pong) é entre Brasil e Argentina ou Japão e Coréia? Ah, tá.
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. Sou só eu que estou passando mal com a final do basquete feminino?
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. Hoje na fisio me sugeriram jogar handebol depois da alta. É que eu ando pegando todas no exercício da bolinha em cima da cama elástica. Ah, meus 9 anos...

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segunda-feira, 23 de julho de 2007
Mais Paraty: nosso restaurante preferido

























Vontade de comer crepre bom... nham nham

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49. Ficar em dia com todos os episódios de LOST





















Mais uma meta cumprida, e essa foi mole. Duas temporadas em DVD, uma baixada da internet. Vi tudo, e agora me juntei ao grupo de pessoas ansiosas pelo começo da quarta temporada, que só vai acontecer em 2008...
:-(
E o que foi aquele final no futuro? E o barco? E o Charlie? Muitas perguntas... Ainda bem que em dezembro saem os DVDs pra eu poder ver tuuudo de novo e "pescar" coisas que eu tenha perdido!

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sexta-feira, 20 de julho de 2007
Mia Couto
















Eu cismo com umas coisas de vez em quando, às vezes eu cismo com pessoas. Em 2005 eu cismei com o Mario de Carvalho, "O Portuga", um fofo. Agora eu cismei com o Mia Couto, outro fofo. Não, ainda não li os livros dele, mas gostei muito dele na FLIP - e obviamente quero ler. E tem mais: ele é biólogo. Aí minha curiosidade foi atiçada, claro.

Fui procurar coisas sobre ele na internet, sobre a vida científica dele, mas não consegui descobrir muita coisa. As páginas das Universidades moçambicanas só têm o básico e o Mia também me parece meio distante da tecnologia. É mais bicho do mato. Constatei apenas que nossos perfis profissionais são muito parecidos! rs

Achei, entretanto, um artigo dele para uma página científica, no qual ele dá uma visão de ciência muito parecida com a que eu tenho. E embora ele fale da literatura na condição de escritor, é o que eu sinto como leitora voraz. Eu gostaria que houvesse um Mia Couto nos departamentos de pesquisa em que trabalhei. Reproduzo abaixo alguns trechos do artigo, e o texto na íntegra pode ser conferido aqui.

Aproveito para dizer que a melhor mesa aconteceu na Off-FLIP, organizada pela Língua Geral, com Agualusa e Mia Couto, mediada pelo Nelson Saute, um moçambicano que é um verdadeiro showman. Mia estava soltinho e contou história hilárias.

Vamos ao texto (os grifos são meus):

Uma palavra de conselho e um conselho sem palavras
de Mia Couto

Sou escritor e cientista. Vejo as duas actividades, a escrita e a ciência, como sendo vizinhas e complementares. A ciência vive da inquietação, do desejo de conhecer para além dos limites. A escrita é uma falsa quietude, a capacidade de sentir sem limites. Ambas resultam da recusa das fronteiras, ambas são um passo sonhado para lá do horizonte. A Biologia para mim não é tanto uma disciplina científica mas uma história de encantar, a história da mais antiga epopeia que é a Vida. É isso que eu peço à ciência: que me faça apaixonar. É o mesmo que eu peço à literatura.

(...)

Não existem fórmulas feitas para imaginar e escrever um conto. O meu segredo (e que vale só para mim) é deixar-me maravilhar por histórias que escuto, por personagens com quem cruzo e deixar-me invadir por pequenos detalhes da vida quotidiana. O segredo do escritor é anterior à escrita. Está na vida, está na forma como ele está disponível a deixar-se tomar pelos pequenos detalhes do quotidiano.

(...)

Na ciência (como em outras actividades) o mais importante não é o que chamamos científico. É o lado humano. Criou-se uma ideia de que o cientista é isento de erro, uma espécie de ser privilegiado que apenas trilha pelos atalhos do rigor e da exactidão. (...) Devemos manter o gosto por experimentar, mesmo cometendo falhas. A natureza foi evoluindo graças ao erro básico que é a mutação. Se os genes nunca falhassem na sua duplicação não haveria a diversidade necessária para a continuidade da Vida. Os processos vitais exigem, ao mesmo tempo, o rigor e o erro. Não podemos ter medo de não saber. O que devemos recear é o não termos inquietação para passarmos a saber.

(...)

Portanto, o único conselho é este: escutar. Tornarmo-nos atentos a vozes que fomos encorajados a deixar de ouvir. Tornemos essas vozes visíveis. E mantermos viva essa capacidade que já tivemos na nossa infância de nos deslumbrarmos. Por coisas simples, que se localizam na margem dos grandes feitos.

(...)

Só se escreve com intensidade se vivemos intensamente. Não se trata apenas de viver sentimentos mas de ser vivido por sentimentos. A escola muitas vezes nos “aconselha” a olhar o mundo através de uma só janela. E acreditarmos que só é verdade aquilo que for sujeito ao veredicto da ciência. Assim fechamos a nossa disponibilidade para outras verdades. Ficamos mais pobres, mais centrados no nosso isolamento.

Há quem acredite que a ciência é um instrumento para governarmos o mundo, Mas eu preferia ver no conhecimento científico um meio para alcançarmos não domínios mas harmonias. Criarmos linguagens de partilha com os outros, incluindo os seres que acreditamos não terem linguagens. Entendermos e partilharmos a língua das árvores, os silenciosos códigos das pedras e dos astros.

Conhecermos não para sermos donos. Mas para sermos mais companheiros das criaturas vivas e não vivas com quem partilharmos este universo. Para escutarmos histórias que nos são, em todo momento, contadas por essas criaturas.

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Aos meus amigos

















"Depois de algum tempo você aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida."

FELIZ DIA DO AMIGO!

E feliz aniversário pro papi! :-)

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quarta-feira, 18 de julho de 2007
Paraty pra mim

Céu azul
Originally uploaded by Neguinha Suburbana

Dias lindos, de céu azul e sol quentinho, pra compensar as noites geladas. Dias para descansar e pensar na vida. Dias para trabalhar. Dias para testar os remendos feitos. Dias de tentar remendar outras coisas. Dias de frustrações e alegrias, porque é possível ter tudo junto. Dias de pernas pro ar e pernas entrelaçadas. Dias de mãos dadas e solidão. Dias de muito sono e muita disposição. Dia de comidas gostosas e excesso de álcool. Dias de festas e de felizes descobertas.

Dias de saldo altamente positivo.

terça-feira, 17 de julho de 2007
LOST - cheguei no episódio 20!

Já fizeram camiseta pra vender! rs Olha aqui.
Eu sinceramente ainda não saquei qual é a desse Jacob... Vou seguir a dica do fisioterapeuta e procurar no YOU TUBE, porque na hora que ele fala com o Locke aparece quem ele é, e eu achei ele beeeem familiar...

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segunda-feira, 16 de julho de 2007
"Alive and kicking"
Vários dias fora, muitas coisas a contar, algumas a mostrar, um cadáver na geladeira, muito cansaço, estudos pra concursos, blogs para ler, vida voltando ao ritmo normal, dentista, perícia, preguiça, fisioterapia e o PAN pra acompanhar. As doses aqui no blog serão homeopáticas.
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Eu chorei na abertura do PAN quando a delegação do Brasil entrou. Tentei achar meu médico, mas não deu. Muita gente!
Eu não chorei quando o Diogo ganhou a primeira medalha de ouro porque tinha muita gente em volta.
Eu chorei hoje com a Jade.

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