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Versão 3.2/2008: Tudo na vida é uma questão de prioridade, comedimento e tolerância.
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Famílias brasileiras
















Ontem saiu uma pesquisa do Datafolha sobre a constituição das famílias brasileiras. A última avaliação havia sido feita há 9 anos. Quem é assinante UOL ou da Folha pode ver os dados na íntegra aqui, mas destaco abaixo alguns pontos interessantes.

- os brasileiros são os que mais casam dentre todos os habitantes da América Latina (por casamento entenda-se todos os casais que moram juntos, seja lá como sacramentaram a união).
- seus casamentos também são os mais duradouros (em média, 16 anos).
- os homens estão mais satisfeitos com os seus casamentos do que as mulheres; a diferença aumenta ainda mais depois dos 41 anos.
- segundo a pesquisa, isso se dá porque os homens se refugiam dos problemas no casamento fora de casa (bar, amigos, futebol), e acabam esquecendo, enquanto as mulheres querem resolvê-los e não fingir que nada aconteceu.
- brasileiros estão cada vez mais preocupados com a fidelidade, e a importância do amor diminuiu seis pontos percentuais.
- os brasileiros querem um companheiro e amigo e julgam que amor e uma vida sexual satisfatória não são importantes no casamento.
- as mulheres continuam trabalhando mais: têm cada vez mais que trabalhar fora para complementar a renda, e continuam arcando com cerca de 90% das responsabilidades em relação à casa e aos filhos.
- quanto mais velho e mais longo o relacionamento, mais o homem participa, mas ainda assim é muito menos em relação às mulheres.
- e os brasileiros continuam tendo em média mais de 2 filhos (2,7 na verdade).

Eu cheguei à conclusão de que não sou nada moderna e faço parte da minoria de 1%. Sinceramente, se eu quisesse um amigo pra dividir as despesas e por quem eu nutrisse um amor platônico, eu não me casava, né? Morava junto com meu cachorro que me daria muuuuito menos trabalho, mantinha vários amigos e tudo seria mais fácil. Vocês vão me desculpar, mas essa não é a minha idéia de amor tranqüilo não.

Pra mim, uma das grandes vantagens do casamento sempre foi a união de companheirismo com desejo. Amizade, sinceridade e "prazeres de carne". É querer que o outro seja a pessoa com quem você quer dividir alegrias e tristezas e com quem você queira "deitar e rolar" com uma freqüência razoável. Por freqüência razoável entenda-se média maior do que quando você estava solteiro e não tinha ali do seu lado, todos os dias a pessoa que você ama (e por quem - espera-se - você sinta o mínimo de desejo).

Enfim, o fato é que se um destes lados desandar o casamento vai pro brejo. Não dá pra conviver anos a fio com alguém que só quer deitar e rolar mas não te respeita, mas também é impossível ficar muito tempo com alguém que te respeita como se fosse teu irmão, né? Faça-me um favor!

Acho que esse negócio de casar cada vez mais tarde está fazendo com que as pessoas fiquem muuuuuito carentes de companhia e resolvam se aboletar com a pessoa mais legal que elas encontram, com medo de envelhecerem sozinhas. Numa boa, cada um sabe de si, mas eu acho melhor que não se casem. Eu detestaria saber que alguém está comigo porque eu sou uma boa companhia. Acho legal e importante ser o "buddy" de alguém, mas eu não tenho sangue de barata não.

Me ama, me joga na parede, me chama de lagartixa!!!

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