Uma certa greve de fome que envergonha o RioEu apóio integralmente a greve de fome do Garotinho. Mas tem que ser pra valer. Até o fim. E tem mais: acho que a governadora, dona Rosângela Matheus, deveria ser solidária e acompanhar o marido no jejum. Eles não se casaram para estar unidos na saúde e na doença? Então, só água para Dona Rosângela também. Até o fim. Isto é, até que os organismos internacionais cheguem ao Brasil para acompanhar o processo pré-eleitoral, como reivindica o ex-governador.
A greve que mobiliza a política fluminense foi o assunto recordista de mensagens no e-mail do colunista nos últimos dias. Todos anunciavam que já estavam morrendo de rir com o que eu escreveria a respeito. Será? É claro que a foto de Dona Rosângela com a cabecinha no ombro do marido sentada num sofá tipo Casas Bahia, diante de um frigobar repleto de garrafas de água mineral, e de uma televisão ligada, com ar compungido renderia uma crônica, mas... qual é a graça mesmo?
Na verdade, não acho graça na atitude do ex-governador e de sua mulher. Não sei fazer piada com isso. Morro de vergonha de ser de um estado que, há oito anos, enfrenta este tipo de comportamento no comando da administração pública. Talvez, apesar de todo o ridículo da situação, Garotinho tenha tomado uma atitude conseqüente: uma greve de fome. Tomara que dê certo!