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Versão 3.2/2008: Tudo na vida é uma questão de prioridade, comedimento e tolerância.
segunda-feira, 5 de setembro de 2005
Chironectes virou gambá
Saiu n'O Eco reportagem sobre o marsupial mais fofo do mundo. De cuíca ele passou a gambá, mas não perdeu o charme.

Nadando com gambás
Juliana Tinoco
04.09.2005

Para uma imaginação fértil, vasculhar um rio à noite, à procura de um mamífero meio aquático meio terrestre, pouco conhecido pela ciência, que tem seis dedos em cada pata dianteira e as traseiras parecidas com um pé-de-pato, soa como uma missão assustadora. Mas nada como o conhecimento para clarear as coisas.
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Mas afinal, o que tem esse gambá de tão especial? Para começar, é o único marsupial semi-aquático conhecido. Sai durante a noite para se alimentar, voltando para a terra apenas para se entocar durante o dia. Para isso, desenvolveu transformações morfológicas que o diferenciam dos demais. A fêmea tem uma bolsa que se fecha hermeticamente para proteger seus filhotes da entrada de água. Ao contrário dos outros marsupiais, o macho também conta com uma bolsa, para proteger seu saco escrotal do frio. É também o marsupial que, proporcionalmente ao tamanho da cabeça, possui o maior cérebro.
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A vida dos pesquisadores envolvidos no projeto não é nada simples. O
Chironectes não se deixa capturar com facilidade e, por ser um animal ainda pouco conhecido, têm em seus hábitos um mistério para os biólogos. “Não temos conhecimento de outras pessoas que estudam o Chironectes porque nada ainda foi publicado sobre ele. O que temos de informação é muito pouco”, conta Camila.
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Devo assumir que, após conhecê-lo pessoalmente, descobri que o gambá d’água é um animal pra lá de bonitinho. Além do mais, a idéia geral de que os gambás exalam mau cheiro é um preconceito infundado. “A imagem que as pessoas têm na cabeça de que gambá fede foi construída pela Disney”, conta Maron. Na verdade, o dos desenhos animados nem é um gambá. É outro tipo de mamífero, do gênero Conepatus, um carnívoro próximo das lontras e dos cachorros. Aqui no Brasil, ganhou o nome de cangambá ou jaritataca e usa o artifício do fedor para espantar predadores.

A reportagem na íntegra pode ser lida aqui. Esse é um dos bichos que faria eu voltar pro mato. Um dia, quem sabe... E bem de vez em quando!!!