Saiu no domingo:
Viva o DiaboCarlos SecchinO título assusta e o lugar é longe e quente: Parque Estadual do Morro do Diabo, cujo nome não faz justiça ao que nossa equipe viu e experimentou. Falo em nome de três ambientalistas amigos, que empreitaram de carro a distância de 200 km de Maringá, no Paraná, até a cidade de Teodoro Sampaio, em São Paulo, na região conhecida como Pontal de Paranapanema. No mapa, é a parte em forma de bico no extremo oeste do Estado de São Paulo, onde fica a tríplice fronteira dos estados: Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo.
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Apesar de tudo, com a redução da floresta original em quase 90%, acabou surgindo uma solução eficiente e produtiva através de projeto de assentamento. As famílias de agricultores passaram a contar com a orientação de técnicos-agrônomos, com um resultado social e econômico positivo para a região do Pontal. A área do Parque do Morro do Diabo abrange quase 34 mil hectares de mata que, através de convênios com instituições como o
IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas) vem recebendo apoio para mantê-la e até mesmo ampliá-la para a formação de novos "corredores de fauna". No que concerne a fauna, os benefícios são evidenciados pelas manchas de matas remanescentes, ampliadas por assentamentos próximos à reserva do Parque do Morro do Diabo.
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O texto na íntegra está
aqui. Foi no Pontal que morei de 2002 a 2004, e foi no Morro do Diabo que desenvolvi a maior parte das minhas pesquisas do doutorado. Carlos Secchin conta sua experiência numa captura de onças, coisa tão extraordinária para a maioria das pessoas e que fazia parte do meu dia-a-dia.
A foto é minha, tirada em setembro de 2003, após as filmagens do meu projeto para o especial do IPÊ do programa Repórter Eco da TV Cultura.