Sensibilidade. Esta é a palavra que resume muito de mim e muito do que eu sempre esperei de quem quisesse caminhar ao meu lado. Procurei em todos eles, em vão. Não que fossem muros intransponíveis, simplesmente não me emocionavam.
__________________
Este último mês tem sido de intensas e profundas transformações. Todas boas. Tão boas que às vezes acho que é só um sonho e que a qualquer momento eu vou cair de cabeça no chão, e vou acordar com traumatismo craniano.
__________________
Hoje eu me emocionei como há tempos não acontecia. Com música, lógico. Com amor, evidente.
Num primeiro momento foi difícil ver as dores daquele a quem eu desejo dar só alegrias serem cantadas por outra pessoa. Passado o susto, veio o arrepio e vieram as lágrimas nos olhos. E apertei a mão dele como quem diz (mais uma vez) "onde você estava escondido esse tempo todo?". Eu queria ter dito que eu estava esperando ele chegar pra encher minha vida de luz, mas não consegui. E também acho que a esta altura do campeonato eu não preciso mais usar as palavras pra isso, meus olhos me entregam.

Nossa Ana Terra vai ficar muito orgulhosa.

Deixo aqui então, a letra feita pelo meu amor "autor-e-compositor" (*piadainterna*), que é linda, linda!

Juro, não tive coragem
De abrir novamente a caixa de fotos
O medo expõe sua verdade
E o passado invade doendo, remoto
Fotos que trazem a gente
Brincando sem pose de vida real
Breves e belos esboços
De um amor de soneto, sem ponto final
Não é que roubem a alma,
Que causem remorso, choro de criança,
Mas fotos calam a calma
Conseguem criar falsas novas lembranças
Melhor olhar o presente
Talvez da janela supor o futuro
O riso branco da noite
É a lua minguante deitada no escuro
Fendas no vão do que foi
Dores que a memória expõe
Mas falta vigor na cor sem brilho
De um passado, em que eu era um rei
Em fausto, os passos que dei
Em falso, você tem que perdoar...

(Marcelo Moutinho :)) / Rodrigo Zaidan)